domingo, 14 de setembro de 2008

CITAÇÕES


"Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias." - Pablo Neruda (1904-1973), poeta chileno

" Para escrever bem é preciso uma facilidade natural e uma dificuldade adquirida." - Joseph Joubert (1754-1824), ensaísta francês

"O pensamento voa e as palavras andam a pé. Aí está o drama de quem escreve." - Julien Green (1900-1998), escritora francesa

"Escrever é um ócio trabalhoso." - Johann Wolfgang Goethe (1749-1832), escritor e filósofo alemão

" A obra de arte dispensa explicação. Basta que os sentidos sejam enriquecidos." - Henry Moore (1898-1986), escultor inglês

"O sábio se aflige por desconhecer os homens, e não por ser desconhecido" - Confúcio (551-479 a. C), filósofo chinês

"O romance é produto da irritação do romancista." - Erico Veríssimo (1905-1975), escritor gaúcho

"Música é a única linguagem em que não se é capaz de dizer algo sarcástico." - John Erskine (1879-1951), educador americano

"Escrever é uma questão de colocar acentos." - Machado de Assis (1839-1908), escritor carioca

"Deus me livre de ser inteligente." - Nelson Rodrigues (1912-1980), escritor, dramaturgo e jornalista pernambucano

"Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir." - Clarice Lispector (1925-1977), escritora brasileira

"A cada dia que vivo mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca. E, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade." - Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), poeta mineiro

TATARAVÔ DO AURÉLIO


Apaixonados pelo idioma de Camões ou por livros antigos não podem deixar de conferir o Vocabulario Portuguez e Latino, primeiro dicionário da língua portuguesa, do início do século XVIII. O exemplar que faz parte da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, está disponível para consulta no site do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Pulo (IEB - SP). A iniciativa faz parte de um projeto coordenado pela historiadora Márcia Moisés Ribeiro, que pretende fazer o mesmo com outros dicionários raros. Editado por Raphael Bluteau, o Vocabulario foi publicado em Portugal em oito volumes, entre 1712 e 1721, e possui 44 mil verbetes - dos quais 5 mil foram adicionados em dois suplementos, entre 1721 e 1727. É considerado o primeiro dicionário de português porque traz a definição em português, antes de apresentá-la em latim. A consulta vale a pena: é possível perceber como a grafia e o sentido de diversas palavras mudaram com o tempo, e conferir a tipografia e a disposição irregular das letras, comum em publicações mais antigas: www.ieb.usp.br

domingo, 17 de agosto de 2008

OBRAS LITERÁRIAS PARA O VESTIBULAR - UFBA 2008

José de Alencar


PRIMEIRA FASE

Joaquim Manoel de Macedo - As Vítimas Algozes

Miguel Sousa Tavares - Equador

Graciliano Ramos - Vidas Secas

João Ubaldo Ribeiro - Viva o Povo Brasileiro

Cadernos Negros; os melhores poemas (antologia publicada pelo Fundo Nacional de Cultura/MinC

José de Alencar - Senhora


SEGUNDA FASE

Adonias Filho - O Largo da Palma

Lima Barreto - Triste Fim de Policarpo Quaresma

Mia Couto - O Vôo do Flamingo

Aluísio Azevedo - O Cortiço


FILMES

A Invenção do Brasil - Guel Arraes

Cidade de Deus - Fernando Meireles

Deus e o Diabo na Terra do Sol - Glauber Rocha

O Baile Perfumado - Lírio Ferreira e Paulo Caldas

Diários de Motocicleta - Walter Salles Jr.

O Homem que Copiava - Jorge Furtado

O que é isto companheiro? - Bruno Barreto

Adeus Lenin - Wolfganger Becker

Faça a coisa certa - Spike Lee

O Crime do Padre Amaro - Carlos Carrera

LEITURA: Interpretação e análise de texto


Precisamos apurar nossa sensibilidade e nossa inteligência de leitores para desenvolver a capacidade de escrever. Para isso, é necessário:
* Ler identificando as idéias do texto.
* Ler percebendo o tipo de texto que estamos lendo e o modo como foi organizado.
* Ler estabelecendo relações entre o que estamos lendo e o que pensamos.
* Ler tirando conclusões sobre o que lemos.
Um dos melhores exercícios para desenvolver a capacidade de entender o que se lê é fazer um resumo do texto. Reproduzir as idéias principais do que lemos, em algumas linhas, com as nossas palavras.


Sugestão de método:


* Fazemos uma primeira leitura do texto, para entrar em contato com as idéias, para ter uma primeira noção do conjunto.


* Em seguida, realizamos uma segunda leitura, anotando, numa folha avulsa, os momentos mais significativos e as idéias principais do texto.

* A partir do que anotamos, fazemos então o resumo. É importante procurar ser o mais fiel possível ao pensamento do texto. Resumo não é comentário. Ao comentar, damos nossa opinião sobre as idéias lidas, o que pensamos sobre elas, se concordamos ou não com elas, explicando o porquê. Já resumir é interpretar e condensar, ou seja, reproduzir o conteúdo do texto, de modo sintético, em poucas palavras. Um resumo deve ter, no máximo, 1/4 ou 1/5 do texto original, sendo escrito de preferência com a nossa própria linguagem.

* Depois de fazer o resumo, procure dar um título ao texto. O título deve ser uma espécie de síntese interpretativa que pode ser feita a partir do conjunto das idéias apresentadas no texto ou das que forem as mais significativas.

domingo, 27 de julho de 2008

LENDO A PROPOSTA DE REDAÇÃO


Quando o enunciado proposto oferece algum grau de dificuldade, é possível adotar alguns procedimentos para entender melhor o sentido.

* Sublinhe as palavras com maior carga de significado no enunciado;
* Faça traduções mentais do enunciado;
* Procure informações do enunciado que revelam uma perspectiva particular sobre o tema;
* Substitua palavras complexas por equivalentes mais familiares;
* Busque reconhecer os vínculos internos na sequência de frases;
* Procure perceber se há - e percebendo, descarte, - alguma marca no texto que remeta a outras questões que não a abordada;
* Ative todo conhecimento anterior que você lembre sobre o tema;
* Faça, então, uma lista de questões que fazem sentido abordar;
* Se o enunciado for de algum modo complexo prara você, divida as unidades de significado e as interprete, uma a uma.
* Qual é, afinal, o centro da questão apresentada?

terça-feira, 15 de julho de 2008

Não cometam estes erros!!!!

“rezenha” (resenha – descrição minuciosa)


“uzocapião” (usucapião – direito de posse de bem móvel ou imóvel , adquirido por uso pacífico e

ininterrupto durante certo número de anos)


“exitar” (hesitar – estar indeciso, incerto)


“superfulo” (supérfluo- desnecessário, dispensável)


“poraqê” (poraquê – peixe-elétrico)


“abister” (abster – privar, conter-se. Não intervir)


“xauvinismo” (chauvinismo – nacionalismo exagerado)


“asepsicia” (assepsia – processo pelo qual se evita a introdução de germes produtores de doenças em um ambiente)


“cuassia” (quássia – arvoreta de cuja madeira, amarga, é obtida droga contra males do estômago)

“ajiografo” (hagiógrafo – autor de biografia de santo)


“pisicosomático” (psicossomático – relativo, simultaneamente, aos domínios psíquico e orgânico)

“cisila” (quizila – antipatia, aborrecimento, impaciência)


“planquiton” (plâncton ou plancto – conjunto de seres vivos, animais e vegetais, que vivem em suspensão nas águas dos oceanos ou dos lagos)


“lecsicógrafo” (lexicógrafo – autor de dicionários)

“persuazão” (persuasão – levar a crer ou a aceitar)

Intensidade e Cultura


O Museu da Língua Portuguesa impressiona. A estrutura física, além de bela, é de excelente qualidade; o conteúdo lingüístico foi elaborado por vários dos mais destacados nomes da área; as intervenções artísticas são inventivas e instigantes.

Não há como não apoiar. A associação entre língua, cultura, história e sociedade não fazem parte do imaginário médio dos brasileiros e nada melhor do que incentivá-la. Além disso, é notável que o Museu não se deixou seduzir pelo normativismo. Lá, felizmente, não se deu acolhida ao discurso do “certo” e “errado”.

Esse apoio básico, contudo, dificulta ainda nesse momento de celebração da iniciativa, a avaliação crítica dos múltiplos aspectos do projeto. Os temas culturais que servem à construção da identidade nacional brasileira – como futebol, carnaval, festas populares, culinária, entre outros – também já serviram como meio de mitificar nosso processo histórico e nossa formação social.

A própria noção de língua como espaço, essencialmente, de “união” o lema do Museu diz que “a língua nos une” – acaba servindo para encobrir que ela é, também, um espaço de contradições e embates. Não há por que eximir a língua de seu quinhão de responsabilidade na construção e manutenção do sistema de apartheid social que, constantemente, gera polêmica entre estudiosos, autoridades e artistas.

O projeto museográfico é assinado por Ralph Appelbaum, responsável por exemplo, pelo Museu do Holocausto, em Washington (EUA). Sua idéia é que os museus devem proporcionar vivências intensas. O visitante não pode sair como entrou.

Aparentemente, nem todos acharam simples realizar essa concepção no primeiro museu do mundo dedicado a uma língua. Temas como a história do Português e suas variedades parecem adequados a essa intenção lúdica, mas só isso, aparentemente, não bastaria. A história culmina com um mapa animado, que, ao toque do público, exemplifica os falares regionais do Brasil.

A solução foi valer-se de uma ampla gama de recursos tecnológicos. Alguns com valor mais didático, como os totens interativos. Outros, voltados também para produzir catarse, como a Praça da Língua e a Grande Galeria. É ótimo visitar o Museu. Mas, na saída, é possível pensar, em certo aspecto, que ele passa a idéia (talvez errada) de que é preciso muita tecnologia para deixar realmente atraente a língua portuguesa.

É o fim da exposição permanente. Em contato com seu próprio sotaque ou o de seus familiares e amigos, o visitante é devolvido ao mundo real, quem sabe, um pouco mais consciente dos vetores que instituem seu cotidiano. Do transe sinestésico à reflexão, essa parece a idéia subjacente ao Museu da Língua Portuguesa.

PARA SABER MAIS

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA

Endereço: Praça da Luz, s/n, Luz – São Paulo (SP).

Tel. (11) 3326-0775

Horário: terça a domingo, das 10 às 17h.

Site: www.estacaodaluz.org.br